Foto: Screenshot/ Artsy

1. Descubra o que te emociona: cultivando seu gosto

A base de uma boa compra está na conexão pessoal. Pode parecer óbvio dizer “compre o que você ama”, mas com tanta oferta disponível, amar se torna uma tarefa complexa. Por isso, a recomendação mais valiosa para iniciantes é: veja muita arte.

Visite galerias, museus, feiras e plataformas online como o Artsy. Com o tempo, seu olhar vai se afinar, e você começará a perceber padrões: temas, materiais, cores, estilos e histórias que te atraem.

A colecionadora Alia Al-Senussi descreve sua trajetória como uma “coleção de experiências”. A primeira obra que comprou — uma xilogravura anônima — marcou sua ida a uma feira. Já a segunda, de Walid Raad, representou um momento de transformação pessoal. E é isso que torna a arte especial: ela carrega memórias, vivências e sentidos

Foto: Courtesy of Art Basel

2. Pintura, gravura, escultura ou fotografia? Entenda o que combina com você

Depois de entender seu gosto, é hora de pensar no formato ideal. Algumas perguntas importantes:

_Você tem espaço na parede ou prefere algo tridimensional?
_Quer uma obra impactante ou mais discreta?
_Está disposto a investir mais ou prefere começar com algo acessível?

_Pinturas oferecem impacto visual e variedade.
_Gravuras (em edições limitadas) são uma boa porta de entrada para quem busca preço mais acessível.
_Fotografias trazem intensidade e contemporaneidade.
_Esculturas exigem espaço e cuidado, mas transformam ambientes.

Frazer Bailey, da galeria Moosey, destaca que gravuras são ideais para iniciantes: “Elas quebram o gelo.” Além disso, conversar com galerias pode ajudar bastante — muitas estão abertas a orientar quem está começando.

Foto: Ana Maria- Artk

3. Como funcionam os preços (e os custos invisíveis)

O valor de uma obra não depende só de tamanho ou material. Fatores como reconhecimento do artista, procedência, edição e estado de conservação pesam — e muito.

Antes de comprar, pesquise. Veja preços praticados por outros artistas similares, compare em feiras, leilões e plataformas online. E, sempre que possível, converse com a galeria sobre como o valor foi definido.

O consultor Daniel Malarkey alerta:
Algumas das obras mais importantes da história foram compradas acima do valor de mercado. Mas também não vale pagar caro por uma obra sem consistência.

E lembre-se: os custos não terminam no preço da obra. Frete, moldura, seguro, instalação e conservação devem entrar na conta. Pergunte sobre tudo isso antes de fechar a compra.

Foto: Ana Maria Lima/ Artk

4. Onde comprar: canais confiáveis para quem está começando

Existem diferentes formas de adquirir arte:

_Galerias comerciais: têm curadoria e atendimento mais personalizado.
_Plataformas online (como Artsy): permitem navegar entre milhares de obras e artistas.
_Feiras de arte: ideais para conhecer novas galerias e tendências.
_Leilões: empolgantes, mas exigem mais experiência.

Outras opções incluem dealers, projetos independentes e compra direta com o artista. Em qualquer caso, busque transparência e orientação. Uma boa galeria ou vendedor deve estar disposto a tirar dúvidas, apresentar certificados, relatar a procedência e oferecer suporte pós-venda.

Foto: Courtesy of Art Basel

5. Fuja do hype: siga sua intuição, não as tendências

É fácil se deixar levar pelo artista do momento ou pelo que todos estão comprando. Mas arte é — antes de tudo — conexão. Se uma obra não te toca, não importa o quanto ela esteja em alta.

Alia Al-Senussi reforça:
“Não compre só porque está na moda. Ouça conselhos, sim, mas não siga modismos cegamente.”

E atenção: se o vendedor não souber responder perguntas básicas sobre a obra ou o artista, talvez não esteja verdadeiramente comprometido com o trabalho que representa.

Foto: Courtesy of Art Basel

6. Confiança se constrói: vá com calma

Comprar arte é um processo. Comece aos poucos, converse com quem entende, estude, frequente exposições. Com o tempo, sua segurança cresce.

O colecionador Vikram Ravikumar lembra que só se sentiu confiante depois de frequentar vernissages, fazer amigos no circuito e comprar uma obra que causava estranhamento — mas que, aos poucos, passou a amar.

Aquela foi minha primeira peça de colecionador.”

A curadora Gigi Surel também recomenda uma pausa reflexiva antes de comprar. Mesmo quando a paixão pela obra for imediata, dê um tempo. Reflita, pesquise, e só depois conclua a compra.

“Trato minhas obras como tatuagens: algo que carrego comigo. Por isso, só compro o que amo.”

Foto: Courtesy of Art Basel

Compre com significado

Adquirir sua primeira obra pode (e deve!) ser uma experiência prazerosa, significativa e pessoal. Não se trata apenas de preencher uma parede — mas de investir em algo que te emociona, te representa e, com sorte, te acompanha por muitos anos.

Vá com calma. Pergunte. Questione. E, quando encontrar aquela obra que mexe com você… compre com amor e convicção.

Ref: https://www.artsy.net/article/artsy-editorial-buying-first-artwork


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