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Foto: La Closerie Falbala” de Jean Dubuffet (Périgny-sur-Yerres)
Closerie Falbala – Périgny-sur- Yerres,France
Nos subúrbios de Paris, a Closerie Falbala, criada por Jean Dubuffet, é uma escultura habitável em concreto branco e traços pretos ondulantes. Finalizada em 1973, a obra parece um desenho ampliado, onde o visitante caminha dentro da própria imaginação do artista. No centro, o Cabinet Logologique abriga o pensamento filosófico de Dubuffet, cercado por formas que desafiam a lógica tradicional da arte.
Um espaço raro, lúdico e imersivo — perfeito para quem busca arte fora das molduras. As visitas precisam ser agendadas, mas a experiência vale cada instante.


Foto: La Closerie Falbala” de Jean Dubuffet (Périgny-sur-Yerres)
Barolo Chapel – Spoleto, Itália
No alto das colinas de Piemonte, entre vinhedos centenários, ergue-se a Barolo Chapel — uma antiga capela abandonada que ganhou nova vida pelas mãos de Sol LeWitt e David Tremlett. Em 1999, os artistas transformaram a estrutura de tijolos em uma explosão de cor e geometria, unindo muralismo, minimalismo e paisagem.
Cada fachada é pintada com blocos vibrantes, em contraste com o verde dos vinhedos ao redor. No interior, formas suaves e tons terrosos criam um espaço meditativo e inesperado. A capela, antes esquecida, virou ícone artístico e ponto de parada obrigatório para quem percorre a rota dos vinhos italianos com olhos curiosos.


Foto:The Barolo Chapel
Isla del Rey- Menorca, Espanha
A Isla del Rey abriga a sede da galeria Hauser & Wirth em Menorca, instalada em um antigo hospital naval do século XVIII. O espaço reúne arte contemporânea, ruínas restauradas e jardins sustentáveis, projetados por Luis Laplace e Piet Oudolf.
Destaques incluem a escultura Spider, de Louise Bourgeois, e Autostat, de Franz West, visível logo na chegada de balsa. O local também exibe artistas como Jenny Holzer e George Condo, focando em obras provocadoras e fora do circuito tradicional. A visita é feita por ferry a partir de Mahón e oferece uma experiência única de arte integrada à paisagem.

Foto:‘Spider’ (1994) by Louise Bourgeois on Hauser & Wirth Menorca The Easton Foundation / DACS Courtesy The Easton Foundation and Hauser & Wirth © Daniel Schäfer

Foto: Le Père Ubu’ (1974) by Joan Miró on Hauser & Wirth Menorca © Successió Miró / VEGAP, 2021 Private collection. Courtesy Hauser & Wirth © Daniel Schäfer
Kloster Schönthal – Langenbruck, Suíça
Instalado nos arredores de um mosteiro do século XII, o Kloster Schönthal Sculpture Park reúne obras de arte contemporânea espalhadas por trilhas alpinas e jardins silenciosos. O espaço abriga esculturas de nomes como Ian Hamilton Finlay, Richard Long, Not Vital e Nicola Hicks, integradas à natureza sem sinalização direta — convidando o visitante a descobrir cada obra ao acaso.
Entre os destaques está Leading the Way, de Not Vital, uma escultura metálica que imita o formato de um galho fino e espinhoso. O parque também exibe obras mais discretas, como Dear Slug, de Erik Steinbrecher, quase invisível entre as árvores.
O mosteiro, desativado após a Reforma Protestante, já foi fábrica de tijolos, laticínio e depósito, e hoje abriga arte em meio à história. A visita proporciona uma experiência imersiva, onde o percurso é tão importante quanto as obras encontradas.


Foto: Kloster Schönthal – Langenbruck
The Negev Monument- Beersheba, Israel
Criado pelo escultor israelense Dani Karavan, o Negev Monument homenageia os soldados mortos na guerra árabe-israelense de 1948. Instalado sobre uma colina no limite norte do deserto de Negev, próximo à cidade de Beersheba, o monumento ocupa uma área de 10.000 m² com formas de concreto que os visitantes podem percorrer, escalar e explorar.
Mais do que memorial, é uma obra imersiva que mistura arte, arquitetura e paisagem. Karavan integrou elementos naturais — como vento, luz solar e areia — à estrutura, propondo uma experiência sensorial que reflete sobre paz, memória e natureza.
Considerada pioneira na arte ambiental em Israel, a obra é organizada ao redor de uma torre central, de onde se tem vista panorâmica do deserto e se ouvem os sons do vento amplificados por tubos. É uma escultura pensada para ser vivida, não apenas observada.


Foto: The Negev Monument- Beersheba, Israel
Golden Spiral, Celestial Stairway e City of Orion- Deserto de Marha, Marrocos
Nas planícies do deserto de Marha, o artista alemão Hannsjoerg Voth criou um conjunto de esculturas monumentais integradas à paisagem árida. A série inclui a escadaria de pedra Celestial Stairway (16 metros de altura), que leva os visitantes ao topo de uma pirâmide com vista panorâmica, a espiral geométrica Golden Spiral, e a instalação City of Orion, inspirada na constelação de Órion.
Voth começou o projeto nos anos 1980, fascinado pela força simbólica e silenciosa do deserto. As obras, construídas com materiais locais e alinhadas com conceitos como a razão áurea, exploram a relação entre arte, tempo e espaço cósmico.


Foto: Golden Spiral, Celestial Stairway e City of Orion- Deserto de Marha, Marrocos
Le Cyclop– Milly-la-Forêt, França
Com 22 metros de altura, Le Cyclop é uma escultura monumental escondida em uma floresta nos arredores de Paris. Criada por Jean Tinguely e Niki de Saint Phalle, o projeto foi iniciado em 1975 e levou quase 20 anos para ser finalizado, envolvendo também diversos artistas amigos do casal.
A estrutura combina mosaicos brilhantes, espelhos, mecanismos móveis e materiais de sucata. Entre suas partes estão rodas, engrenagens e peças recicladas, além de ambientes internos imersivos. O “olho” central da escultura é uma instalação interativa criada por Saint Phalle, com superfícies espelhadas e texturas metálicas.
Le Cyclop foi pensado como uma resposta crítica aos museus tradicionais, exaltando o improviso, o absurdo e a colaboração artística. Aberto oficialmente ao público em 1994, continua sendo uma obra provocadora e pouco convencional — quase um segredo artístico enterrado na floresta.


Foto: Le Cyclop de Jean Tinguely
Palais Idéal– Hauterives, França
O Palais Idéal foi construído por Ferdinand Cheval, um carteiro rural francês que, ao longo de 33 anos, transformou pedras coletadas em suas rotas de trabalho em uma das obras mais singulares da arte outsider europeia. Sem formação artística, Cheval usou concreto, cal e pura imaginação para criar torres góticas, escadarias e esculturas inspiradas por visões exóticas e sonhos pessoais.
Trabalhando quase sempre à noite, iluminado por lamparinas, ele ergueu sozinho o palácio que mais tarde seria admirado por artistas como Picasso, Niki de Saint Phalle e Max Ernst. Em 1932, Ernst chegou a criar uma colagem em homenagem à obra.
Hoje, o Palais Idéal permanece aberto ao público exatamente como foi deixado por seu criador — um monumento à persistência, à imaginação e à arte feita à margem das instituições.



Foto: Le Palais Ideal em Hauterives IStock
Rothko Chapel– Houston, Texas, EUA
Inaugurada em 1971, a Rothko Chapel é uma capela não denominacional e espaço de arte comissionado por Dominique e John de Menil e concebido pelo pintor Mark Rothko. Localizada em Houston, a obra marca a transição do artista para sua fase mais introspectiva: são 14 pinturas monumentais em tons escuros, que cercam o visitante em uma atmosfera silenciosa e meditativa.
Rothko teve controle total do espaço, desde a arquitetura até a iluminação, buscando criar uma experiência imersiva e espiritual, mais próxima de um templo do que de uma galeria. O espaço não possui símbolos religiosos, mas convida à contemplação profunda.
Hoje, a capela recebe mais de 100 mil visitantes por ano e é também um centro de diálogo inter-religioso e direitos humanos. É considerada uma das obras mais impactantes de Rothko — não apenas pela pintura, mas pelo ambiente que a sustenta.

Foto crédito: Rothko Chapel- Houston, Texas, EUA. Elizabeth Felicella

Foto crédito: Barnett Newman’s Broken Obelisk in front of the chapel provides a striking counterpoint.
Photo: ELIZABETH FELICELLA
teamLab Planets TOKYO– Tóquio, Japão
Criado em 2018, o teamLab Planets TOKYO é um dos espaços mais imersivos de arte digital do mundo. Localizado no distrito de Koto, o projeto do coletivo teamLab dissolve as fronteiras entre corpo, espaço e obra por meio de ambientes interativos de luz, água e som.
No percurso, os visitantes caminham descalços sobre superfícies líquidas, atravessam florestas de LEDs e interagem com cardumes de peixes projetados que respondem aos movimentos humanos. As salas imersivas criam sensações de expansão infinita, flutuação e dissolução dos sentidos.
A experiência é tão intensa que muitos visitantes saem com a sensação de terem vivido algo fora da realidade. É um espaço que combina arte, tecnologia e emoção, projetado para ser sentido, não apenas observado.



Foto crédito: Courtesy of teamLab Planets Tokyo Images










































