Saiba mais sobre a operação de investimento em obras de arte.
Transformação Digital e Experiências Imersivas
A revolução digital no mercado de arte, já em andamento há alguns anos, está se intensificando. O relatório Art Basel e UBS 2025 destaca um crescimento expressivo nas plataformas virtuais e nas experiências imersivas. Galerias e museus estão investindo significativamente em tecnologias de realidade aumentada (RA) e realidade virtual (RV), permitindo que colecionadores experimentem obras de arte remotamente com fidelidade cada vez maior.
As vendas digitais agora representam uma parcela considerável do mercado global, com plataformas online não apenas complementando, mas frequentemente substituindo transações físicas tradicionais. O surgimento de espaços de exposição híbridos, que combinam componentes físicos e virtuais, está remodelando a experiência do colecionador.

Foto:Ana Maria -Artk | Art Basel Miami 2024
Sustentabilidade como Imperativo
O relatório identifica a sustentabilidade como uma das forças mais transformadoras no mercado de arte contemporâneo. Colecionadores, especialmente da geração mais jovem, estão cada vez mais conscientes da pegada de carbono associada ao comércio de arte:
Crescente preferência por feiras e eventos com certificações de neutralidade de carbono
Valorização de artistas que trabalham com materiais reciclados ou práticas sustentáveis
Desenvolvimento de alternativas mais ecológicas para embalagem e transporte de obras de arte
Iniciativas de compensação de carbono incorporadas aos preços das transações
Galerias e casas de leilão que adotam práticas sustentáveis estão conquistando vantagem competitiva, refletindo uma mudança maior nos valores dos consumidores.

Foto:Ana Maria- Artk | The Armory Show | New York’s Art Fair
Expansão e Diversificação dos Polos Artísticos Globais
Embora Nova York, Londres, Hong Kong e Paris continuem sendo centros importantes, o relatório Art Basel e UBS 2025 evidencia uma diversificação acelerada do mercado de arte global. Novas regiões estão emergindo como importantes polos artísticos:
_Seul e Tóquio estão se fortalecendo como centros de arte asiáticos alternativos a Hong Kong
_Dubai e Riad estão consolidando suas posições como portais para o Oriente Médio e Norte da África
_Cidade do México, São Paulo e Lagos estão desenvolvendo ecossistemas de arte robustos com identidades distintas
Esta redistribuição geográfica está ampliando oportunidades para artistas locais e criando uma paisagem cultural mais diversificada.

Tokenização e Fracionamento de Propriedade
A tokenização de arte está evoluindo além dos NFTs, com novas aplicações de blockchain focadas em fracionamento de propriedade. O relatório destaca que investidores agora podem adquirir participações parciais em obras de arte de grande valor, democratizando o acesso a ativos anteriormente disponíveis apenas para os ultra ricos.
Este modelo está criando uma classe de investidores em arte e expandindo significativamente o pool de capital disponível no mercado. Plataformas regulamentadas que facilitam estes investimentos fracionados estão ganhando tração em vários mercados globais.

Foto:Ana Maria -Artk | Art Basel Miami 2024
Análise de Dados e Inteligência de Mercado
O relatório Art Basel e UBS 2025 revela um aumento na sofisticação das ferramentas de análise de dados no mercado de arte. Galerias, casas de leilão e colecionadores estão utilizando inteligência artificial e análise preditiva para:
_Identificar tendências emergentes e artistas promissores;
_Otimizar estratégias de preços baseadas em dados históricos e comparáveis;
_Personalizar recomendações para colecionadores com base em preferências anteriores;
_Prever o desempenho de investimentos em arte com maior precisão.
Esta abordagem baseada em dados está profissionalizando ainda mais o mercado e reduzindo algumas das assimetrias de informação tradicionalmente associadas ao comércio de arte.

Mudanças Demográficas dos Colecionadores
Uma das descobertas mais significativas do relatório é a mudança no perfil demográfico dos colecionadores. Os millenials e a Geração Z agora representam um segmento significativo do mercado, trazendo consigo diferentes valores e preferências:
_Maior interesse em arte digital e experiências interativas;
_Foco em diversidade e representação entre os artistas colecionados;
_Preferência por plataformas de descoberta baseadas em algoritmos e redes sociais;
_Interesse em histórias e narrativas por trás das obras, além do seu valor estético.
Galerias e instituições estão adaptando suas estratégias de marketing e engajamento para atrair estes novos colecionadores, muitas vezes através de experiências mais interativas e educacionais.

Foto:Ana Maria- Artk | The Armory Show | New York’s Art Fair