O que a Art Basel Miami 2024 tem a dizer sobre o Brasil no cenário global da arte?

A maior feira de arte do mundo contou com 286 galerias de todo o mundo, dentre elas 48 expositores apresentando artistas brasileiros, ou seja, 17% dos expositores, incluindo 19 galerias brasileiras, o maior número até hoje.

Os resultados mostram que a arte brasileira continua a conquistar uma presença sólida no palco global, com forte demanda e impulsionando vendas constantes na faixa de $20.000 a $200.000. Transações ocasionais de alto valor, variando de $400.000 a $1M para peças históricas de artistas como Hélio Oiticica e Sérgio Camargo, destacaram ainda mais a receptividade de conselheiros influentes que compram em nome de poderosos colecionadores brasileiros.

Dentre os destaques brasileiros, tivemos: Hélio Melo, vendido a uma fundação chinesa por US$170.000; Maria Martins por US$120.000; e Alex Cerveny por US$60.000, todos na Almeida e Dale; Lorenzato, vendido por US$150.000 na Gomide & Co.; Julio Le Parc, vendido pela galeria brasileira Nara Roesler por €375.000; e Madalena Santos Reinbolt por US$120.000, Agnaldo Manoel dos Santos por US$190.000 na galeria Estação.

Entre os destaques brasileiros em galerias estrangeiras, estão: Sérgio Camargo na Alison Jacques, vendido por US$1,3M; dois trabalhos de Hélio Oiticica vendidos por US$400.000 pela Lison Galeria; Dalton Paula, por US$65.000 na James Fuentes; Paulo Nímer Pjota na François Ghebaly, vendido por US$45.000; Maria Nepomuceno na Victoria Miro, vendida por US$28.000; e Janaína Tschäpe por US$200.000.

Em conclusão, a Art Basel 2024 reafirma a força crescente da arte brasileira no cenário internacional, com artistas e galerias brasileiras alcançando preços e visibilidade recordes. O fortalecimento da presença nacional na feira e a constante valorização das obras de artistas brasileiros indicam que o mercado de arte do Brasil continua a ser um dos mais dinâmicos e promissores no contexto global. A crescente procura e o valor expressivo das transações refletem não só a qualidade da produção artística, mas também a confiança de colecionadores e investidores no potencial do mercado brasileiro.