Art Basel 2024 | Courtesy of Art Basel

O mercado de arte no Oriente Médio tem visto um crescimento significativo. A Christie’s inaugurou uma nova sede na Arábia Saudita, enquanto o fundo de Abu Dhabi fez um investimento de US$ 1 bilhão na Sotheby’s. Esses movimentos refletem a crescente importância da região no mercado global de arte e a intensificação do interesse em colecionáveis de alto valor.  

A Europa tem enfrentado desafios. Em particular, na França, a queda nas vendas de grandes lotes afetou não apenas os leilões, mas também as galerias. A Marlborough, uma gigante no mercado de arte pós-guerra, anunciou seu fechamento após 80 anos de atividade. Outros espaços menores, como Vitrine e Simone Subal, também fecharam, citando as dificuldades do mercado atual. Mesmo as galerias que continuaram funcionando mostraram sinais de crise: a White Cube demitiu cerca de 50 funcionários de atendimento ao público, enquanto a Pace e a David Zwirner realizaram cortes menores em suas equipes.  

Embora a Art Basel Paris tenha sido um evento de grande destaque, o evento Frieze London, realizado na semana anterior, superou em vendas, destacando um cenário misto para o mercado de arte na Europa.  

Na Ásia, a Art Basel Hong Kong celebrou sua primeira edição de grande porte desde a pandemia de Covid-19. As casas de leilões Sotheby’s e Christie’s também abriram novas filiais na cidade, refletindo o crescente interesse pelo mercado asiático. Além disso, a Frieze Seoul realizou sua terceira edição, marcando a consolidação da cidade como um centro emergente para a arte contemporânea na região.  

 

Fonte:

https://edition.cnn.com/style/article/art-basel-hong-kong-2022/index.html

Frieze Seoul 2024 | Courtesy of Frieze Art Fair

HNWI   

O valor estimado de arte e colecionáveis no mercado global deverá ultrapassar os US$ 2,8 trilhões até 2026, representando cerca de 11% dos portfólios de indivíduos com altíssimo patrimônio líquido (UHNW). Esse número provavelmente continuará a crescer, impulsionado principalmente pela geração mais jovem, que tem mais interesse em possuir ativos tangíveis em comparação com as gerações mais velhas. As gerações mais jovens, que além de estar construindo riqueza, também herdarão cerca de US$ 72 trilhões nos próximos 20 anos impulsionarão o mercado de compra de arte e de liquidez com crédito com garantia em obras de arte.  

Esses dados refletem a transformação e a adaptação do mercado global de arte, com novas regiões ganhando relevância e a participação de novas gerações de investidores crescendo em um cenário de diversificação e adaptação ao contexto econômico atual.